
O Custo Real de Processar Pagamentos via Pix para Empresas
Depois de explorar o mundo complexo das tarifas de cartão, há uma boa notícia: o Pix é mais simples.
Ao contrário das transações com cartão, que envolvem intercâmbio, tarifas de bandeira e margens do adquirente, as transações via Pix são construídas em um modelo direto. Isso torna o Pix não apenas mais fácil de entender, mas também significativamente mais barato para as empresas processarem.
Pix em Números
Lançado em 2020 pelo Banco Central do Brasil, o Pix rapidamente se tornou uma força dominante nos pagamentos. De acordo com a Reuters, espera-se que o Pix alcance 44% do mercado de pagamentos online no Brasil até 2025, ultrapassando os cartões de crédito.
Sua adoção abrange todos os fluxos de pagamento:
- P2P: Pessoa para Pessoa
- P2B: Pessoa para Empresa
- B2B: Empresa para Empresa
- P2G/B2G: Pessoa ou Empresa para Governo
Como Funciona a Precificação do Pix
Com o Pix, a estrutura de custos é muito mais simples:
- Sem Intercâmbio: ao contrário dos cartões, não há taxa que retorne para o banco emissor.
- Base de Custo do Provedor: os custos para os provedores são geralmente fixos.
- Preço para o Comerciante: os provedores de pagamento geralmente repassam isso como uma taxa fixa por transação (em BRL).
Na prática:
- Grandes comerciantes de baixo risco podem pagar menos de BRL 0,10 por transação.
- Comerciantes menores ou de maior risco podem pagar BRL 1,00+ por transação.
- Para o Pix transfronteiriço, a precificação costuma ser um % do volume, com uma taxa mínima definida.
Para contexto: as tarifas de cartão no Brasil geralmente variam em torno de 1,5%–3%+ do valor da transação. Mesmo a BRL 0,50 por transação, o Pix é dramaticamente mais barato — especialmente em escala.
Em resumo: a precificação do Pix é quase sempre mais simples do que o IC++ ou a precificação mista de cartões, mas ainda varia conforme volumes e perfil de risco.
Tipos de Transações Pix
Desde sua criação, o Banco Central do Brasil (Bacen) introduziu (ou está testando) múltiplos formatos de Pix:
- Pix Cobrança – emissão de cobranças com vencimento
- Pix Saque & Pix Troco – saque ou troco em varejistas participantes
- Pix Automático – pagamentos automáticos recorrentes (ativo, ainda em fase de expansão entre provedores)
- Pix Agendado Recorrente – pagamentos recorrentes agendados
- Pix Parcelado – Pix em parcelas (previsto para setembro de 2025)
- Pix Tap to Pay (Pix por Aproximação) – Pix por aproximação/contactless
- Pix com Garantia (Pix em Garantia) – para transações garantidas (previsto para 2026)
Alguns já estão ativos com precificação similar ao Pix padrão; outros ainda estão em fase de implementação.
Por Que os Comerciantes Estão Incentivando o Uso do Pix
Para os usuários finais, o Pix pode parecer um pouco menos prático que o cartão em arquivo (fazer login no app do banco, escanear um QR Code ou usar uma chave Pix). Mas a adoção mostra que isso não tem freado seu crescimento.
Para os comerciantes, os benefícios são claros:
- Liquidação mais rápida: cartões de crédito no Brasil geralmente liquidam dias depois, ou exigem tarifas caras de antecipação (D+0). O Pix liquida instantaneamente.
- Menores custos: mesmo a BRL 0,50 por transação, o Pix é dramaticamente mais barato do que a tarifa média de cartões.
- Flexibilidade: o Pix agora pode ser usado para assinaturas, parcelamentos e até pagamentos por aproximação.
Muitas empresas agora incentivam clientes a pagar com Pix — às vezes oferecendo descontos — porque isso reduz custos e acelera o fluxo de caixa.
Consideração Final
O Pix não é apenas mais uma opção de pagamento. É uma alternativa rápida, de baixo custo e cada vez mais versátil aos cartões — já capturando uma fatia massiva do e-commerce no Brasil.
Para as empresas, a chave é entender seus volumes de transação e perfil de risco para poder negociar a melhor tarifa de Pix possível com o seu provedor.
Quer ver como o Pix pode reduzir seus custos de processamento? Entre em contato com nossos gerentes para desenhar uma proposta de Pix adaptada ao perfil da sua empresa.